Uso da ferramenta colaborativa Colab.re para a inspeção das condições de infraestrutura no campus de Seropédica da UFRRJ.

Autores

¹Raymundo da Silva, J.; ²Almeida de Oliveira, P.

¹UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO Email: joycerd.silva@gmail.com
²UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO Email: priscilalmoliveira@gmail.com

Resumo

Resumo Neste artigo propomos uma avaliação das condições de infraestrutura no campus Seropédica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, por meio do mapeamento colaborativo, utilizando-se para esse fim o aplicativo Colab.Dessa forma, problemas estruturais foram documentados através de fotografias e geolocalização. Esta proposta visa estimular de fomentar a interação dos usuários do determinado espaço . A partir disso, apresenta-se uma reflexão sobre como a Informação Geográfica Voluntária pode contribuir para o mapeamento municipal. Palavra chave: Mapeamento Colaborativo; Mapeamento digital; Colab.re. Introdução. A arte de mapeamento sempre foi submetida ao controle de profissionais e empresas com reconhecido conhecimento técnico na área. Por um lado isso garantia a precisão nas informações contidas no mapa, porém isso também contribuiu para a lentidão no processo de difusão dessa ciência para as pessoas fora desse meio acadêmico. Em concordância com a inclusão digital, iniciado nos anos 90, as diversas áreas de conhecimento foram adaptadas a este meio. Assim surgiu o mapeamento digital. De acordo com Charlier et al. (2004), esse mecanismo consiste no levantamento de dados espaciais e tabulares representados em ambiente digital. Essa representação é realizada respeitando o datum, projeções geodésicas e sistemas de coordenadas. Dessa forma, a digitalização de informações cartográficas pode ser aplicada aos mais variados estudos do espaço como: mapeamento de clientes uma cadeia produtiva, criminalidade de um município, malha viária de uma cidade, impactos ambientais (Valladares et al., 2004), e outros. Desse modo, o mapeamento tornou-se cotidiano para a população e isto aumentou a demanda por produtos cartográficos. Então, a busca por uma cartografia mais participativa passou a ser essencial e com isso surgiu à cartografia colaborativa. A cartografia colaborativa consiste em fazer do usuário do mapa um colaborador para a confecção deste. Isso possibilita a interação com o espaço e o empodera a buscar soluções para os problemas que vivem cotidianamente. Existem diversos softwares e aplicativos que auxiliam na contribuição coletiva para geração de mapas, um deles é o Colab. re Este aplicativo está presente em 36 cidades brasileiras e foi desenvolvido por uma startup de tecnologia. O Colab. re é comumente utilizado em conjunto com a administração pública (Sieber & Johnson, 2015), o foco principal é o registro de deficiências na estrutura das cidades pela própria população. O órgão público responsável monitora esse mapeamento, tornando mais eficiente o trabalho de resolução desses problemas. Neste trabalho propõem-se o uso da ferramenta colaborativa Colab.re para registrar os problemas de infra- estrutura existentes no campus Seropédica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Sendo assim, pretende-se avaliar a eficiência de um sistema colaborativo de mapeamento como forma de incentivar a comunidade acadêmica atentar-se sobre as condições do campus. Metodologia Para iniciar o projeto foi necessário o download do aplicativo Colab. re para o celular de dois membros da comunidade acadêmica do campus Seropédica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Em seguida cada usuário efetuou o cadastro com suas informações básicas. Após isso a ferramenta está pronta para uso. Na etapa de coletas de dados, cada estudante caminhou pela área fotografando de defeitos na infraestrutura da universidade. Quando se obteve uma foto, esta foi enquadrada em uma das categorias disponíveis do Colab.re. A imagem foi categorizada como “Buraco nas vias”. Após isso, seguiu-se para a próxima tela do aplicativo. No mapa disponível, no ícone “edição de endereço” o marcador foi posicionado o mais corretamente possível. No campo destinado a descrição foi inserida a data da tomada da fotografia. Concluído isso se prosseguiu para a publicação no sistema. Esse procedimento foi realizado todas as vezes que problemas estruturais foram encontrados dentro do campus universitário. Cada problema observado foi categorizado, o posicionamento do marcador corrigido para maior precisão de localização e a data da obtenção da foto devidamente inserida no campo descrição. Resultados e discussão O mapeamento foi apresentado para os possíveis usuários do sistema para aferição da qualidade do material gerado. O teste foi focado em saber se estes conseguiam reconhecer as áreas e visualizar o principal problema estrutural no campus: buracos nas vias. Nesta etapa evidenciamos a necessidade de geração de mapas temáticos sobre o tema, partindo das informações colaborativas obtidas . Essa seria uma forma de facilitar a visualização espacial, interpretação das problemáticas e ainda divulgar o sistema. O Colab.re mostrou-se prático na aquisição da imagem e documentação colaborativa em tempo real, gerando um mapa digital de precisões adequadas a sua finalidade. Conclusão Os mapeamentos não oficiais estão cada vez mais presentes no dia a dia da população, Com o avanço dessas tecnologias, o usuário torna-se colaborador a partir do momento que compartilha informação, por meio da geolocalização, fornecida pelo GPS em dispositivos móveis. Diante disso, esse estudo apresentou resultados satisfatórios ao utilizar a ferramenta colaborativa Colab. re . Para a comunidade acadêmica da UFRRJ, tornou-se possível identificar os pontos no mapa e chegar ao problema registrado voluntariamente. O que comprova a eficiência desse tipo de mapeamento, mesmo não sendo oficial. Bibliografia CHARLIER, F.; QUINTALE, C.J. O SIG como ferramenta de gestão ambiental em uma ferrovia. Revista ENGEVISTA,2004. SIEBER, R. E.; JOHNSON, P. A. Civic open data at a crossroads: Dominant models and current challenges. In: Government Information Quaterly ,2015 VALLADARES, G.S.; FARIA, A.L.L. SIG na análise do Risco de Salinização na bacia do Rio Coruripe, AL. Revista ENGEVISTA, 2004.

Keywords

Mapeamento Colaborativo; Mapeamento digital; Colab.re

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