ANÁLISE DOS CASOS DE LEPTOSPIROSE NO BRASIL NO ANO DE 2015
Autores
1Dias, Y.; 2dos Santos, G.; 3Martins, G.; 4Soares, N.
1UFPA Email: yurifurtado35@gmail.com
2UFPA Email: biell.oceano@gmail.com
3UFPA Email: gierremartins@gmail.com
4UFPA Email: neysoares81@gmail.com
Resumo
ANÁLISE DOS CASOS DE LEPTOSPIROSE NO BRASIL NO ANO DE 2015 1Yuri Alefh Saraiva Dias; 2Gabriel dos Santos; 3Gierre Martins de Sousa Junior; 4Ney Soares Resumo O objetivo do estudo foi averiguar os índices de casos de Leptospirose Humana no período de 2015 no Brasil e os fatores considerados os que mais influenciam na proliferação dos casos de Leptospirose. Para tal foi analisado os índices anuais de precipitações nos estados brasileiros para verificar como a pluviosidade influenciou nas enchentes e alagamentos que ajudaram na difusão da doença no Brasil. Outros fatores também analisados foram os indicadores de saneamento e o contingente populacional. A modelação foi realizada através da relação entre os casos de leptospirose e o efeito da chuva e da falta de infraestrutura e saneamento nas cidades, através dos seus indicadores onde podemos perceber que são fatores explicativos para o aumento nos números de casos de Leptospirose. Este estudo indica todos os parâmetros que contribuem para estes indicadores que permita a realização de ações visando à preparação do setor de saúde para o provável aumento de casos desta doença. INTRODUÇÃO A leptospirose é uma doença bacteriana aguda do gênero Leptospira, de distribuição global, que pode manifestar-se de maneira assintomática, por quadros leves ou casos graves que podem levar ao homem a morte. A bactéria é eliminada para o meio ambiente principalmente através da urina de animais infectados, principalmente os roedores das seguintes espécies Rattus norvegicus (ratazana ou rato de esgoto), Rattus rattus (rato de telhado ou rato preto) e Mus musculus (camundongo ou catita). Sendo assim a infecção humana resulta da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados. Sua ocorrência está classicamente relacionada à exposição aos fatores de risco como situações ocupacionais específicas, precárias condições de infraestrutura sanitária, ineficiência da coleta de lixo domiciliar. A situação mencionada acima favorece à alta infestação de roedores infectados e, de forma mais ampla, na ocorrência de enchentes. Conforme podemos confirmar em GENOVEZ, na seguinte afirmação: “A ocorrência de leptospirose está intimamente relacionada a fatores ambientais. As formas mais comuns de se adquirir a doença são em situações de inundações e enchentes, quando a urina dos ratos, presentes em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama das enchentes. Assim, na área urbana, especialmente no período chuvoso, as inundações são o principal fator de risco para a ocorrência de surtos da doença.” (GENOVEZ, 2009). O surgimento da leptospirose foi considerado uma patologia de ocorrência predominantemente do meio rural. Contudo nos tempos atuais, pode ser encontrada em áreas urbanas, associada principalmente ao crescimento desordenado e áreas de segregação socioeconômica, falha no recolhimento do lixo, existência de terrenos baldios, que propiciam um ambiente favorável à transmissão da doença. Por tudo isso, considera-se que a leptospirose é uma zoonose de grande importância social e econômica. Diante do exposto acima, realizou-se um trabalho desenvolvido no campo da Geosaúde, com o auxílio de ferramentas disponíveis em Sistemas de Informações Geográficas (SIG), que passam a exercer um importante papel, tanto para a busca de elementos que auxiliem no entendimento da espacialidade desta enfermidade, bem como para a compreensão da correlação clima, saúde e a ocorrência de casos de leptospirose. OBJETIVOS O objetivo geral do trabalho é analisar como os casos de Leptospirose humana estão espacializados no território brasileiro no ano 2015. Após esta análise na escala nacional será feita outra em escala regional, com intuito de observar as particularidades de cada região brasileira para este agravo. Tal pratica ocorrerá através da elaboração de mapas com auxilio de ferramentas de geoprocessamento. METODOLOGIA Foi realizado o levantamento bibliográfico e cartográfico a respeito do assunto abordado e da área de estudo, a fim de se obter um aporte teórico sobre a temática desenvolvida e sobre os procedimentos a serem executados dentro do recorte espacial Brasileiro. Através do Departamento de informática do SUS (DATASUS) e do Mistério da Saúde, pode se coletar os dados estatísticos dos casos de leptospirose no Brasil. A tabela a seguir mostra os números de casos por regiões. Tais dados correspondem aos casos notificados da doença no ano de 2015 e contém informações da quantidade de pessoas infectadas. Os dados climáticos de precipitação pluviométrica foram coletados junto ao INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e abrangem um total de 2928 Estações meteorológicas no Brasil, das quais se utilizaram todas as estações de cada estado Brasileiro tirando uma média de cada Estado para análise de dados pluviométricos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Analisando os dados no ano de 2015 podemos observar que o índice de precipitação é mais recorrente no Norte do país, na região Sudeste e uma parcela da região Sul. Entende-se que há uma quantidade elevada de “mm” de chuva por ano nessas regiões é um forte fator para que os índices de leptospirose aumentem. A partir da coleta de dados pluviométricos foi elaborado um mapa temático para representar a precipitação dos estados Brasileiros (Mapa 1).Normalmente um índice alto de precipitação com uma baixa porcentagem de saneamento básico resulta em um elevado caso de leptospirose, com exceção da região Sul e Sudeste que fugiram da normalidade, pois apresentaram uma porcentagem melhor de saneamento básico com relação às outras, porém um elevado caso de leptospirose advinda de enchentes e alagamentos que acarretaram em um aumento fora do comum nos casos da doença. Como pode ser vistos nos Mapas 2 e 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
Keywords
Leptospirose; Pluivisidade; Doença