COMPARAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO IGARAPÉ INHANGAPI NO NORDESTE PARAENSE COM A DRENAGEM FLUVIAL DO MUNICÍPIO DE MELGAÇO NO ESTADO DO PARÁ


Autores

1Assis, E.; 2Sousa, T.; 3Pontes, B.; 4Sá, A.

1UFPA Email: erlen.ssis@gmail.com
2UFPA Email: thais.elaine.pereira@gmail.com
3UFPA Email: thais.elaine.pereira@gmail.com
4UFPA Email: allana_sa@hotmail.com

Resumo

As definições de bacias hidrográficas dadas por Barrella (2001) é uma das mais usadas, este defini como um conjunto de terras drenadas por um rio e seus afluentes, formada nas regiões mais altas do relevo por divisores de água, onde as águas das chuvas, ou escoam superficialmente formando os riachos e rios, ou infiltram no solo para formação de nascentes e do lençol freático. As águas superficiais escoam para as partes mais baixas do terreno, formando riachos e rios, sendo que as cabeceiras são formadas por riachos que brotam em terrenos íngremes das serras e montanhas e à medida que as águas dos riachos descem, juntam-se a outros riachos, aumentando o volume e formando os primeiros rios, esses pequenos rios continuam seus trajetos recebendo água de outros tributários, formando rios maiores até desembocarem no oceano. O desenvolvimento deste trabalho aborda através das ferramentas de geoprocessamento caracterizar a bacia hidrográfica do igarapé de Inhangapi no nordeste paraense e comparar com a drenagem fluvial no entorno do centro urbano do município de Melgaço no Estado do Pará, que no primeiro momento da pesquisa houve a hipótese de que este seria um exemplo de bacia definida por Barella. Entretanto, os resultados obtidos nestes territórios paraenses foram distintos. Resultados No primeiro momento foi feita a extração automática da bacia no software Arcgis, pode-se observar a ordem das drenagens, a ordem dos rios é uma classificação que reflete o grau de ramificação ou bifurcação dentro de uma bacia. E observou através de imagens provenientes do google earth a existência dos rios principais e da bacia. Conforme o mapa da ordem das drenagens e seguindo os critério de Strahler (1952) são consideradas de primeira ordem as correntes formadoras, ou seja, os pequenos canais que não tenham tributários, a união de dois canais de primeira ordem de primeira ordem formam um segmento de segunda ordem, a junção de dois rios de segunda ordem ocorre a formação de uma rio de terceira ordem e assim sucessivamente. No mapa de Hipsometria da bacia do Igarapé de Inhangapi verificou-se a variabilidade altimétrica do relevo na bacia estudada, foi observado 10 classes de elevação, este mapa serve para a verificação da altimetria do local. As áreas mais elevadas com cores mais escuras apresentaram 43 a 56m, e os locais com menos elevações com tons mais claros apresentaram variações entre 16 a 29m. Sendo assim, no mapa hipsométrico, pode-se perceber como ocorre o escoamento da água pois quanto maior a altitude, mais fácil é a escoação da drenagem para os locais com menor elevação. O Mapa de Uso do Solo, feito na imagem de satélite provenientes do Software Google Earth exibiu 4 classes referentes aos usos: ocupação antrópica, vegetação nativa, solo exposto e pastagem. A ocupação antrópica se divide em dois núcleos, núcleo urbano de Inhangapí, e parte do núcleo urbano de Castanhal. No mapa de declividade, pode-se observar a velocidade com que se dá o escoamento superficial da drenagem e isso muitas vezes pode afetar o tempo que leva a água da chuva para concentra-se nos leitos fluviais que constituem a rede de drenagens da bacia. Dessa forma, a bacia hidrográfica do Igarapé de Inhangapi tem todas as características que Barella(2001) definiu como bacia. Na drenagem fluvial de Melgaço foi feito também a extração automática e esta apresentou um padrão de bacia clássica similar a bacia do Igarapé de Inhangapi, entretanto observando a carta topográfica, e analisando imagens do programa Google Earth, não constava uma drenagem principal percorrendo a área urbana como aponta a hipsometria, logo percebeu que o software através da imagem de sensoriamento remoto SRTM errou ao mostrar uma bacia com grandes variabilidades altimétricas, pois a carta topográfica e as imagens do Google Earth apresentaram diferentes resoluções,então foi necessário fazer uma delimitação manual do local. Sendo assim, constatou-se que a área é um local de planície com poucas elevações comuns em áreas de várzeas como Melgaço, e no meio da planície se encontram áreas insuladas de baixos platôs e terraços, regionalmente chamados de "terra firme”, neste local de terra encontra-se a área urbana de Melgaço. Como pode-se observar as definições de bacia hidrográfica de Barella(2001) se aplica a bacia de Inhagapi, pois esta tem um rio principal no caso o Igarapé de Inhangapi e seus afluentes e as águas escoam para a parte mais baixa do terreno e as mais altas do terreno encontra-se a área urbana ao se fazer a extração automática e observando as altimetrias e imagens do Google Earth, chega-se à conclusão que a bacia hidrográfica do Igarapé de Inhangapi é um padrão clássico de bacia definida por Barella. Diferentemente da drenagem Fluvial de Melgaço que a hipsometria apresentou um padrão clássico de bacia com grande variabilidade de elevações similar a bacia hidrográfica do Igarapé de Inhangapi, pois o software ao mostrar a altimetria processadas da imagem SRTM constatou que as partes mais altas do terreno escoam para a parte mais baixas, o que mostra que ao demarcar a bacia automaticamente o programa usou as definições clássicas de delimitação. Dessa forma, conclui-se que o software não tem pratica de analisar locais de baixos platôs o que são comuns na Amazônia como é o caso de Melgaço, consta que o local é uma área de drenagem fluvial complexa que é caracterizada por um sistema fluvio-lacustre distinto da bacia hidrográfica do Igarapé de Inhagapi que é um padrão clássico de bacia hidrográfica definido por Barella.

Keywords

Bacia; Igarapés; Software

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