Os Avanços e Desafios na Aplicação da Modelagem para o Mapeamento da Dinâmica de Mudança da Cobertura de Uso do Solo em Áreas Urbanas


Autores

1Ferreira, F.C.; 1Silva, E.F.; 1Ribeiro, S.R.

1UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Email: fernanda_cferreira@yahoo.com.br
1UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Email: erikafesilva@hotmail.com
1UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Email: suellenribeiro@yahoo.com

Resumo

A dinâmica acelerada do espaço urbano torna-se a principal responsável pela expansão desordenada das cidades, desencadeando impactos urbanos de grandes proporções e na maioria das vezes irreversíveis. Assim, pesquisadores de diversas áreas do conhecimento, têm buscado através de tecnologias computacionais prever as mudanças no processo de ocupação urbana. O recurso utilizado por eles é o desenvolvimento de modelos urbanos cada vez mais sofisticados, em que dados espaciais do passado e do presente permitem gerar cenários futuros de uso e ocupação do solo (White e Engelen, 1997). Dessa forma, a simulação do espaço urbano futuro possibilita antever problemas provenientes do avanço da mancha urbana sobre áreas de relevância ambiental ou de infraestrutura deficitária. A representação espacial de modelos urbanos passa a ser amplamente disseminada no final da década de 80, com a criação dos modelos baseados em autônomos celulares - ACs. Essa modelagem é determinada pela relação de vizinhança entre as células, pois a influência que uma célula exerce sobre a célula vizinha é o que irá condicionar o processo de transição entre elas. Em função dessa característica, o AC possui um comportamento previsível. Contudo, apesar dos avanços significativos possibilitados pelos ACs na área dos estudos urbanos, a sua aplicação na gestão pública em apoio à tomada de decisões ainda é bastante limitada em virtude do pouco conhecimento na área e da dificuldade de acesso à plataformas computacionais sofisticadas. O conhecimento prévio das variáveis restritivas e estimuladoras no processo de expansão urbana é fundamental na construção do modelo, pois são elas que determinam a realocação espacial do crescimento urbano. (Sampaio et al. 2014) As variáveis restritivas são caracterizadas por impedir ou dificultar a ocupação urbana, podendo ser elas as unidades de conservação ou áreas de restrição à ocupação. Já as variáveis estimuladoras compreendem condições socioambientais e econômicas favoráveis à expansão urbana como por exemplo, áreas de crescimento econômico, macrozoneamento favorável, infraestrutura existente, proximidade à centros urbanos, aquecimento do mercado imobiliário, entre outras. Os modelos urbanos atuais, possibilitam também inserir a previsão de obras relevantes, bem como o ano em que serão executadas, passando a influenciar de forma decisiva no crescimento urbano. Nesse contexto, o artigo pretende apresentar um estudo crítico de revisões bibliográficas na área da modelagem urbana, de maneira a compreender os benefícios proporcionados por ela, assim como os desafios ainda enfrentados no emprego da ferramenta. Foram selecionados quatro artigos como estudo de caso, sendo dois deles na Região Metropolitana de Belo Horizonte, um no Distrito Federal e o outro no município de Sete Lagoas. O objetivo principal é, analisar a metodologia utilizada em cada um dos estudos, apresentando uma revisão crítica e comparativa entre elas, bem como suas inovações tecnológicas e as vantagens do seu emprego nas áreas de políticas públicas. Referências Bibliográficas ANJOS, R.S.A. Monitoramento da expansão urbana no Distrito Federal e sua Região do Entorno Imediato (1964-1990). Coleção Textos Universitário. Brasília-DF. Editora Universidade de Brasília. 1991, 98 p. LANDAU, E. C., OLIVEIRA, R. P. C., SANTOS, M. A. e GUIMARÃES, D. P. (2011). Expansão urbana da cidade de Sete Lagoas/MG entre 1949 e 2010. In: Anais do XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Curitiba. SAMPAIO, D. M.; ELMIRO, M. T.; NOBREGA, R. A. A. (2014). Modelagem da dinâmica da expansão urbana no Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte e análises sobre as novas infraestruturas viárias previstas até 2031. Geografias, v. 10, p. 78-99. UMBELINO, G., BARBIERI, A., DAVIS. C. (2014). Autômatos celulares aplicados à simulação da expansão urbana na RMBH entre 2010 e 2030. XIX Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, São Pedro/SP – Brasil, novembro de 2014. WHITE, R., ENGELEN, G. Cellular automata as the basis of integrated dynamic regional modeling. Environment and Planning B: Planning and Design. v.24, n.2, p.235-246. 1997.

Keywords

modelagem; expansão urbana; cenários futuros

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